Por Assessoria de imprensa

Em forte crescimento, o PIB do setor da construção civil registrou avanço de 17% no biênio 2021-2022, segundo dados da Câmara Brasileira de Construção Civil (CBIC). Esse movimento atrai investimentos, aumenta a geração de emprego e renda e também o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos. Exemplo disso são as tintas, que têm se destacado nos últimos anos como um vetor de inovações e funcionalidades para além do revestimento de superfícies.

Uma das finalidades mais promissoras do material que têm sido estudadas é a capacidade de captar a energia solar para geração de eletricidade. Atualmente, existem três tipos sob os holofotes da energia fotovoltaica.

Marcos Pelegrini, supervisor do departamento técnico da Brasilux, empresa que atua há três décadas na produção e comercialização de tintas, destaca que “as solares são uma tecnologia nova com grande potencial, mas deve demorar uns quatro ou cinco anos para virar realidade.  Com certeza, será uma grande inovação e deverá funcionar muito bem no Brasil, principalmente porque nosso país é muito ensolarado. É uma novidade que ainda está sendo desenvolvida dentro dos laboratórios, mas deverá se tornar bem comum, a exemplo dos painéis solares, que estão cada vez mais eficientes e com preço bem mais acessível do que há seis anos”.

“Elas proporcionam excelente durabilidade e uma pausa muito maior entre as manutenções. Além disso, a antitérmica reduz muito o calor interno nos locais em que é aplicada. A antibacteriana, da nossa linha hospitalar, diminui as possibilidades de infecção e a proliferação de microrganismos. O custo-benefício dessas tintas é muito grande pelas vantagens que oferecem, entre elas, a eficiência muito alta no que propõem”, explica.

 

Qualidade, segurança e economia

Ao passo que as opções com propriedades sanitárias trazem mais segurança para os ambientes de saúde, no mercado há também soluções com propriedades inseticidas e evitam que mosquitos, pernilongos, aranhas, percevejos pousem na parede. Elas podem ser utilizadas em diversos ambientes, aumentando a proteção até mesmo contra causadores de doenças como dengue e malária.

Já as que trazem maior conforto térmico e acústico, possibilitam vantagens como a economia na conta de energia com a redução de uso de ar-condicionado e ventiladores e também são alternativa para quem precisa investir em revestimentos que minimizem impactos sonoros que causam incômodo.

Outras soluções para revestimento de paredes e pisos que também têm ganhado espaço no mercado são as opções de tinta e verniz com propriedades antichamas. Elas conferem maior segurança aos imóveis em caso de incêndios já que têm como função retardar a propagação do fogo.

 

Além da tecnologia, capacitação

Na esteira de novidades que estão conquistando o mercado, vale destacar que a capacitação de profissionais também ganha impulso, como parte do movimento de atualização e aprendizagem. O desenvolvimento de mão-de-obra tem sido uma das estratégias de empresas como a Brasilux.

“Temos hoje muito mais novidades e informações que fazem com que a indústria se modernize cada vez mais. Além disso, também inovamos no treinamento com os pintores, ensinando-os a usar todas as novas soluções. Afinal, de nada adianta disponibilizar tecnologias e os profissionais não as conhecerem e não conseguirem utilizá-las”, ressalta Pelegrini.

 

Estética

Além das funcionalidades, o que está em alta no mercado são as texturas com pedras naturais e os efeitos decorativos mais elaborados. “São revestimentos que não desbotam, causam um efeito muito bonito e acabamento sofisticado. Outra tendência são a textura de cimento queimado e as tintas emborrachadas que proporcionam durabilidade e excelente impermeabilização”, informa Pelegrini.

O executivo ressalta que o ano de 2023 terá como tendência, “além das pedras, revestimentos em fulget, usando material natural e com acabamento bem rústico”.

 

ESG

Além do panorama de tecnologia e acabamentos decorativos, o conceito que abrange questões ambientais, sociais e de governança também tem pautado a indústria de tintas em pesquisas e desenvolvimento e lançamento de produtos recentes no mercado. A tendência é que o movimento ganhe cada vez mais espaço.

Prova disso, em dezembro de 2022 foi divulgado o Sustentability in the Global Paint & Coatings Industry - primeiro relatório Global de Sustentabilidade, que traz um cenário de atuação, os desafios e as conquistas das empresas participantes do levantamento, em cumprimento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).

O material publicado pelo World Coatings Council teve a colaboração de associações como a Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (Abrafati). A instituição nacional também anunciou durante o evento Abrafati Show, realizado entre os dias 21 e 23 de junho de 2022, o lançamento de um programa, em parceria com o Instituto Akatu, com indicadores para avaliar, mensurar e guiar a atuação das fabricantes de tintas nacionais em práticas de ESG.

Segundo Pelegrini, uma série de ações socioambientais têm sido desenvolvidas pela empresa em que atua.

“O foco na produção mais limpa, na reutilização de materiais vem junto com a inovação e tecnologia. Alguns exemplos, além do reuso da água, é feito um tratamento para que ela volte ao processo produtivo. Não despejamos nenhum efluente e os resíduos são tratados dentro da própria empresa ou em empresas específicas.  Nossa preocupação não é somente criar produtos de qualidade, mas também reduzir impactos no meio ambiente. Também não utilizamos chumbo e nem materiais pesados na composição dos produtos”, finaliza Pelegrini.

Um dos exemplos, foi o lançamento recente da linha de Complementos Imobiliários, com itens para preparar paredes para a pintura em embalagem ecológica – papelão que facilita a reciclagem. 

 

O mercado brasileiro de tintas

Assim como a construção civil, a produção e comercialização de tintas no Brasil segue em alta. Os dados mais recentes do setor divulgados pela Abrafati mostram que, em 2021, foi produzido um volume 1,715 bilhão de litros de tintas, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior, quando houve o registro de 1,612 bilhão de litros.

O mercado imobiliário segue sendo protagonista, com 83,5% do volume, o equivalente a 1,433 bilhão de litros; enquanto tintas para a indústria em geral (móveis, autopeças, eletrodomésticos), automotiva e repintura automotiva representaram, respectivamente, 10,6%, 1,8% e 4,1%, no período.

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