Por Alexandre Miranda é gerente de Vendas Técnicas da Astra

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Contrariando a crise imposta pela pandemia de Covid-19, o setor da construção civil vem mostrando resiliência, com sinais de recuperação desde o final do segundo semestre do ano passado. Não só isso, a pandemia também foi um importante catalisador de tendências no segmento.

Diante desse movimento de crescimento, a tecnologia - aliada à sustentabilidade - tem se destacado como uma mola propulsora para a inovação, elevando produtividade e competitividade no setor, redução de custos e otimização do tempo. Em um cenário em que a inovação é essencial, a tecnologia se apresenta não apenas como uma ferramenta, mas como um pilar que norteia o segmento rumo a um futuro mais eficiente, seguro e sustentável.

Nesse contexto, não consideramos apenas a inteligência artificial e a automação - que podem estar presentes desde a elaboração até a implementação e monitoramento das obras -  mas, principalmente, a utilização de novas matérias-primas em substituição ao tradicional. A tecnologia proporcionou o uso do plástico em inúmeras aplicações, em todas as etapas da construção civil e da arquitetura, desde a fundação até o acabamento. O emprego de polímeros em materiais de construção oferece leveza, durabilidade e resistência, contribuindo para a eficiência estrutural e a facilidade no manuseio. Além disso, a versatilidade do plástico possibilita a criação de uma ampla gama de produtos, desde tubulações até revestimentos e isolamentos, atendendo às necessidades específicas de diferentes projetos. Ainda podemos mencionar a resistência mecânica e à corrosão, impermeabilidade, estabilidade dimensional e custo competitivo.

Diante desse novo cenário e a partir de tendências do mercado europeu, um exemplo é o sistema de tubulação PERT (Polietileno de Resistência a Temperatura), impulsionado pela incorporação de novas matérias-primas sustentáveis. O que antes era feito de cobre, agora pode ser desenvolvido a partir de um termoplástico.

Os tubos PERT oferecem uma excelente relação custo-benefício e seguem as mesmas dimensões do tradicional sistema PEX, utilizando as mesmas conexões. Além disso, apresentam uma maior flexibilidade, em relação às tubulações convencionais, reduzindo, assim, a quantidade de conexões necessárias durante a instalação. Um destaque adicional é a notável facilidade técnica, dispensando o uso de lixas, adesivos químicos, maçaricos ou estanho. Isso não apenas minimiza os riscos para os instaladores, mas também otimiza significativamente o tempo de instalação, eliminando a necessidade de mão de obra especializada. Além disso, esses tubos possuem uma característica ambientalmente amigável, uma vez que são recicláveis ao final de sua vida útil. Esse aspecto não apenas atende às crescentes demandas por práticas sustentáveis, mas também contribui positivamente para a durabilidade das construções.

A interseção entre tecnologia e inovação está desempenhando um papel crucial no impulsionamento da indústria da construção civil, resultando na produção de obras com características aprimoradas, tanto para projetos de alto padrão como para projetos populares. Essa convergência de fatores não apenas permite a entrega de obras mais rápidas, mas também está alinhada à tendência atual de construir mais imóveis em menos tempo, representando um avanço significativo na capacidade da indústria de atender às necessidades do mercado e ao crescimento das cidades, de forma eficaz e sustentável.