Práticas de ESG ganham espaço no setor construtivo
O ESG tem destaque no setor imobiliário justamente por medir e avaliar questões de meio ambiente, desenvolvimento social e governança
Crédito da imagem: Istimewa
Conceitos como green buildings e edifícios saudáveis são assuntos imprescindíveis para estruturar o futuro. Além disso, englobam outro tema que cresce em importância no setor da construção civil, que é a adoção das práticas de ESG, que asseguram a qualidade permanente dos condomínios, amenizando a rotina das famílias e oferecendo melhores condições de vida dentro dos empreendimentos.
O ESG ganha espaço no setor imobiliário justamente por medir e avaliar questões de meio ambiente, desenvolvimento social e governança, três tópicos cruciais para a implantação de projetos e criação de comunidades harmoniosas.
Todos precisam entender e reduzir o impacto das obras e da produção de insumos em relação aos recursos naturais utilizados na construção civil, de modo a beneficiar os moradores dos locais onde estão ou serão inseridas. Essa necessidade urgente explica-se pela degradação acelerada da natureza e da utilização irracional dos recursos naturais.
As práticas de ESG na construção civil, como em qualquer outra área, deve ser tema central no ambiente corporativo, norteando as estratégias das empresas.
Esta preocupação aumentou devido a pandemia do Covid-19, que reforçou a adoção de processos e políticas que estimulam a sustentabilidade, o respeito às leis e diretrizes, além de promoverem o bem-estar.
Com novas políticas, avaliações corretas e ferramentas necessárias, as empresas devem minimizar possíveis danos ao meio ambiente, reduzindo o desperdício, o consumo de recursos naturais e os impactos negativos ao planeta.
Porém, quando se trata de ESG, lembramos que há outras contribuições que extrapolam a questão do meio ambiente.
Além de atender aos interesses de seus acionistas, as empresas precisam ter um olhar humanizado para seus colaboradores, empatia pelos consumidores e envolvimento real com o desenvolvimento nas cidades, regiões ou países em que atuam. Quem não se atentar a isso certamente será irrelevante num futuro próximo.
Enquadrar a empresa na estrutura ESG exige investimentos iniciais, mas existirão benefícios econômicos aos projetos, como maior economia a partir do consumo consciente de recursos, reuso, reaproveitamento ou reciclagem de matérias-primas.
Além disso, há uma série de novas oportunidades com os investidores, pois esta é uma das métricas mais valorizadas por bancos e fundos de investimento na avaliação dos diferentes negócios.
Atualmente, além de erguer uma edificação é preciso garantir que ela seja funcional. O mercado imobiliário e os consumidores estão atentos ao respeito às políticas ambientais de consumo consciente de água e energia, o que garante conforto e saúde aos ocupantes e respeito a realidade socioeconômica da região, estimulando a criação de comunidades engajadas e sustentáveis.
Implementar as práticas de ESG na construção civil pode não ser uma tarefa fácil, mas basta empenho das organizações, mobilização dos colaboradores e uma visão mais participativa voltada ao meio ambiente e a sociedade.
*Bruno Malvezi é CEO do Grupo Impper, empresa formada pela Impper Empreendimentos, Impper Vendas e ImpperTech