O papel da energia solar na transformação da construção civil

Uso de fonte solar em edifícios pode resultar em uma significativa redução dos custos operacionais no longo prazo.

Por Antonio Fascio - CEO da OrçaFascio

Fonte de luz gerada pelo Sol, a energia solar tem sido cada vez mais aproveitada por diversas tecnologias, como a energia heliotérmica, aquecimento solar, energia solar fotovoltaica e arquitetura solar.

Essa energia renovável é captada por meio de painéis solares e, atualmente, representa cerca de 2,3% da matriz elétrica brasileira, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2022, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A expectativa é que essa participação continue crescendo nos próximos anos. Em 2022, de acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil registrou um avanço de cerca de 66% em relação à capacidade operacional da fonte de energia solar.

No último ano, foram acrescentados 9,3 GW em energia solar fotovoltaica ao ssitema, sendo que antes disso a capacidade operacional da fonte era de 23 GW, o que representa um avanço muito relevante.

Em muitos países, incluindo o Brasil, governos e instituições têm oferecido incentivos financeiros e estabelecido políticas de apoio para a instalação de sistemas solares em edifícios.

Esses incentivos incluem subsídios, isenções fiscais e programas de financiamento específicos para a energia solar. Isso faz sentido, pois da fonte solar em edifícios pode resultar em uma significativa redução dos custos operacionais no longo prazo, uma vez que reduz a necessidade de energia produzida pelas concessionárias de energia elétrica.

Sem falar nos aspectos ambientais. O estado do Piauí, por exemplo, conta com o novo Parque Solar Nova Olinda, a 377 km de Teresina, o maior parque solar da América Latina com mais de 2,2 milhões de painéis instalados, desempenhando um papel crucial na recuperação verde no país.

Contribuições – Os sistemas fotovoltaicos permitem a geração de eletricidade no local, o que reduz a dependência da rede elétrica convencional e os custos associados ao consumo de energia.

Além disso, quando relacionada à construção civil, existe uma contribuição significativa para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a mitigação das mudanças climáticas.

Ao substituir parte da eletricidade consumida por energia solar, os edifícios reduzem a pegada de carbono e promovem um ambiente mais limpo e saudável.

Outra função interessante para a energia solar é o bombeamento de água, uma vez que pode ser usada para alimentar sistemas em áreas remotas ou onde não há acesso à rede elétrica convencional.

Além disso, diferentemente das energias providas através de fontes não renováveis, a energia solar é inesgotável, colaborando com o meio ambiente e o ecossistema.

Mas também existem desvantagens como o alto custo de instalar a energia solar nas residências. Infelizmente, países pobres como o Brasil não têm essa oportunidade, que é mais aproveitada em lugares como Japão, Alemanha e Estados Unidos.

Nesse aspecto, há de se considerar que o investimento para a implantação é alto, porém é algo que se paga rapidamente, considerando que a validade dos sistemas é de cerca de 30 anos, com manutenções raríssimas.

Atualmente, estima-se que as pessoas que investem em energia solar residencial no Brasil atinjam o payback em cerca de quatro anos, quando o investimento “se paga”.