Levantamento de obras e investimentos
Publicado via Revista Grandes Construções
Atualização dos valores de investimentos mostra que o país ainda precisa preencher uma lacuna significativa para chegar à universalização dos serviços até 2033.
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Pelas estimativas iniciais da Abcon/Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto), feitas em 2020 em parceria com a KPMG, os investimentos necessários para que as metas de universalização previstas no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) fossem alcançadas até 2033 eram superiores a R$ 750 bilhões, considerando custos com a reposição de depreciação do capital, necessidade de novos investimentos para expansão da rede de abastecimento e recuperação da depreciação das novas redes.
Considerando as características de cada região, o investimento anual médio necessário para realização das obras de ampliação e manutenção da rede deveria chegar a pelo menos R$ 39 bilhões até a data estabelecida pelo Marco Legal.
“Entretanto, de acordo com os dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o investimento do setor entre 2018 e 2020 foi de apenas R$ 50,5 bilhões, ou 32,5% do montante estimado para o período, de R$ 155,4 bilhões”, diz o estudo.
Tendo em vista a lacuna dos investimentos executados em relação aos previstos, a entidade fez uma atualização monetária do cálculo, descontando o valor real investido e a depreciação do estoque de capital do setor nos últimos anos.
Com a atualização dos valores, os investimentos previstos para que a universalização seja alcançada até 2033 já ultrapassam R$ 893 bilhões, dando números mais precisos ao desafio que o país tem pela frente.
“Os investimentos em sistemas de abastecimentos de água são de R$ 164 bilhões, enquanto em sistemas de esgotamento sanitário superam R$ 436 bilhões, revelando a demanda expressiva do setor por mais investimento”, aponta a Abcon.
Sem dúvida, trata-se de uma necessidade urgente se o país almeja atingir a universalização dos serviços dentro do prazo previsto em lei. Muitas companhias, é bom frisar, já fazem a sua parte para isso, como o leitor pode conferir nesta sondagem da Revista Grandes Construções, que traz detalhes de obras e aportes recentemente realizados pelas concessionárias, autarquias, empresas mistas e demais modalidades de prestação de serviços no setor.