Grupo Mulheres Constroem visa tornar o mercado da construção civil mais inclusivo

Para mudar esse cenário, a empresa está se aliando a empresários e profissionais de diversas áreas

Da esquerda para a Direita: Marta Cortes, Aline Sathler, Jhonny Jackson, Ozzy Silva, Renata Presidio e Carolina Eysen.

Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foi realizado o lançamento da Empresa Mulheres Constroem, que consiste em um grupo que visa tornar o mercado da construção civil mais diverso e inclusivo.

Segundo Renata Presidio, líder executiva do projeto, o Mulheres Constroem está recrutando mulheres, empresas e apoiadores para esta iniciativa.

“Entre diversas ações e projetos, já estamos construindo gerenciamento de obras e a diversidade como estratégia, treinamentos especializados, técnicos e de liderança, terceirização de mão de obra, projetos e núcleos sociais, certificações, coworking para criativos da construção, conhecimento compartilhado e muitos outros”, afirma.

Os projetos sociais são parte da filosofia do Mulheres Constroem, afirma Renata, que visa trazer oportunidades para mulheres e famílias, com a promoção de cursos técnicos e treinamentos para mulheres em situação de vulnerabilidade ou em início de carreira, gerando inclusão e mais igualdade no mercado.

“Na parte de trabalhos sociais, a empresa dispõe de treinamento civil e de gestão empresarial para grupos minoritários, núcleo de psicologia e assistência social”, explica.

Cenário – Segundo Renata, após muitos anos vivendo o mundo da construção civil, foi possível entender que quem ocupa as cadeiras da diretoria e conselhos nas empresas são, em sua maioria, homens.

“A contratação de mulheres não representa 15% nas mesas da alta direção”, diz.

Segundo a informação divulgada em 2022 pelo Fórum Econômico Mundial, comenta, levaremos 132 anos para acabar com a desigualdade de gênero.

Na América Latina, o Brasil é um dos países com a colocação mais baixa no quesito igualdade de gênero, ocupando o 94º lugar no ranking feito pelo Fórum Econômico Mundial (2022), em que foram analisadas 146 nações – ficando atrás de países como Guiana, Bolívia e Paraguai.

Para mudar esse cenário, a empresa está se aliando a empresários e profissionais de diversas áreas.

“Nosso objetivo é ensinar, resgatar valores e proporcionar independência econômica para os grupos minoritários. Queremos furar a bolha do mercado e provar que o ambiente diverso é mais promissor”, diz.

Conforme explica Carolina Eysen, líder de Processos e Melhoria Contínua, o Mulheres Constroem, atua além dos Trabalhos Sociais, também com Prestação de Serviço.

Na prestação de serviço, comenta, o Mulheres Constroem dispõe de gerenciamento de projeto e obras corporativas e treinamentos.

“O gerenciamento de obra está relacionado a administração do tempo e recursos. Prevemos 20% da equipe composta por grupos minoritários dentro e fora do canteiro de obras. Nosso objetivo é a excelência da obra a fim de cumprir o cronograma e a previsão financeira proposta no orçamento do projeto inicial.”

“Na parte de treinamentos, a empresa que buscar nossos serviços pode contratar treinamentos técnicos comportamentais e sobre diversidade. O nosso diferencial é que priorizamos instrutores que façam parte de grupos composto pelas minorias”, explica Carolina.

Benfeitoria – Para isso, comenta, o Mulheres Constroem está lançando a 1ª Campanha MC – Mulheres na Massa que que tem como intuito alcançar em torno de 15 profissionais em situação de vulnerabilidade proporcionando materiais para as aulas práticas, equipamentos de proteção individual, vale transporte para acessar o local, vale almoço e café da manhã, locação do espaço para a realização das atividades, uniforme, entre outros.

“Precisamos ter a ousadia para reumanizar o trabalho principalmente o trabalho na construção civil. Em um mercado majoritariamente masculino, nós queremos mudar seu método de trabalho. Nós estamos dispostos a mudar o destino de mulheres e de grupos minoritários do Brasil”, aponta Renata.

O Grupo é composto por (foto): Marta Cortês (líder de gestão de processos), Aline Sathler (líder de ESG), Jhonny Jackson (diretor administrativo e de estratégia), Ozzy Silva (gestor de projetos sociais), Renata Presidio (diretora executiva) e Carolina Eysen (diretora de operações).