Estudo aponta melhora dos indicadores de doenças do trabalho na indústria da construção

Levantamento atualizado de dados históricos de acidentes de trabalho na indústria da construção no Brasil mostrou o comportamento do setor sobre o número de incidências de doenças e acidentes entre 2010 e 2022. De acordo com o ranking do estudo, comparando dez atividades econômicas, a construção apresentou melhoria contínua dos seus indicadores.

Comparando os índices de acidentes de trabalho típicos, o grupo de construção mostrou valores 12 vezes menores em relação a atividade de maior sinistralidade, ficando em 6º lugar. Já as incidências de doenças de trabalho na construção apresentaram uma redução de 11,7% e o setor figurou na 8ª colocação.

O estudo foi realizado pela Comissão de Política de Relações Trabalhistas CPRT/CBIC, em correalização com o Sesi Nacional, e desenvolvido pelo médico e especialista em Segurança e Saúde do Trabalho (SST), Gustavo Nicolai.

O levantamento apontou resultados com relação aos acidentes de trabalho, doenças relacionadas ao trabalho, incapacidade permanente e mortalidade, no período de 2010 a 2021, tendo como base as informações oficiais do Anuário Estatístico da Previdência Social (2010 a 2021), e os dados abertos sobre as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs).

Os dados obtidos auxiliam o direcionamento de esforços e estratégias, em busca de melhores resultados, ano após ano, para que o setor contribua para a sustentabilidade e na melhoria das condições sociais do país.

O levantamento agrega às iniciativas do setor da construção para reduzir o índice de acidentes no trabalho, como as ações da Semana CANPAT Construção, realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção-CBIC, por meio de sua CPRT, em parceria com a Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Previdência, o Serviço Social da Indústria (SESI) e os Serviços Sociais da Indústria da Construção (Seconcis).

Para o presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, Ricardo Michelon, o estudo mostra o esforço do setor por práticas prevencionistas e desconstrói a tese de que a construção civil é a atividade com maiores índices de acidentes de trabalho. “Os números mostram como o nosso setor vem se desenvolvendo no sentido da prevenção de acidentes. O estudo ainda detalha de uma forma muito específica as principais incidências, como as regiões do corpo que sofrem esses acidentes. São dados que permitem o desenvolvimento de estratégias mais eficientes de prevenção aumentando a nossa assertividade nas ações”, explicou.

Resultado atualizado do levantamento está sendo disponibilizado às entidades associadas à CBIC e maiores informações podem ser obtidas por e-mail à [email protected].

O tema tem interface com o projeto “Segurança e Saúde no Trabalho e Relações Trabalhistas na Indústria da Construção”, da Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi).