Construção Civil: setor se preocupa com qualificação da mão de obra
Por Dino
No setor, empresas estão ávidas por 2023. Qualificação, custo e pontualidade ainda têm sido os itens mais visados.
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Falar no setor de Construção Civil em tempos de pós-pandemia pode ser uma preocupação para muitos, principalmente considerando o cenário econômico que se avizinha, e se confirma, de inflação alta e redução de investimentos. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae, em artigo publicado em fevereiro desse ano intitulado “Tendências para setor da Construção Civil em 2022”, mesmo não sendo fácil, com planejamento, é possível atravessar o ano com esperança de dias melhores.
O artigo pontua que apesar de toda a dificuldade imposta pela pandemia em 2021, o setor conseguiu encerrar os números no azul, com um crescimento que não se experimentava em dez anos, 7,6%. O encerramento desse quinto mês de 2022 confirma as tendências apontadas pelo Sebrae em fevereiro.
Obstáculos como alta da inflação, dados de abril apontam 12,13% em 12 meses, e aumento da taxa de juros até o final do ano, previstas também para passar de dois dígitos, preocupam. Bem como o início antecipado das discussões eleitorais, que vêm tumultuando o cenário, em todos os setores.
Mas para empresas que atuam em todos os segmentos do setor da construção civil, na verdade, já é momento de olhar para 2023. Para este ano, os problemas mapeados pelas estatísticas já eram praticamente certos.
Para o Diretor de Operações da Mabex Engenharia e Construções, engenheiro Rodrigo dos Santos Vaz, o real desafio para 2022 é algo que tem sido difícil de lidar, mesmo antes da pandemia. A qualificação de mão de obra, “seja nos cargos de gestão e liderança, seja na operação, seja na execução, ou seja, com pedreiros, carpinteiros entre outros, inclusive engenheiros, é uma realidade em todas as áreas. Voltando no tempo, dez, quinze anos, os profissionais de campo tinham uma qualidade de execução muito melhor e maior do que a atual. O mercado está escasso de mão de obra dedicada e qualificada, e este é o principal desafio na execução das obras e nas manutenções”, revelou o engenheiro.
Para além desta estratégia, é necessário lembrar dos ingredientes essenciais que permitem o alcance dos objetivos traçados e proveem possibilidades para alçar voos maiores. São eles: compromisso com a qualidade e excelência além do controle fiscal e tributário que devem ser impecáveis, permitindo a homologação em mais clientes e a participação em um maior número de obras. É assim que a construtora já está olhando para 2023, ano em que pretende se manter em um nicho de obras rápidas, reformas e pequenas intervenções, bem como manutenções preventivas e corretivas. Para o próximo ano, o planejamento é incrementar o nível de atuação explorando também o mercado imobiliário, prestando serviços com incorporadoras, declarou Rodrigo Vaz.
Ter em mente que custo, prazo e qualidade continuam sendo o foco para o setor da construção civil, e são as premissas básicas que compõe uma trajetória de sucesso, em 2023, com o início de um novo governo, há a expectativa de abertura de muitas lojas, tanto em shoppings como no varejo de rua. A construtora já espera pela demanda para adaptação de novos espaços, e implantação de novas lojas. Outros segmentos que também estão na mira do mercado são o industrial, hospitalar e educacional.